sábado, 3 de abril de 2010

J, L e M.

Duas pessoas sentadas na calçada de uma casa que não pertencia a nenhuma. Elas conversavam sério e faziam promessas debaixo daquele luar que as banhava. No começo não era nada demais, mas com o passar do tempo elas viram que a situação estava se agravando e começaram a chorar. Uma lamentava e dava força a outra da maneira que podia. Uma pega na mão da que chorou primeiro, um gesto de confiança, de fortaleza. Depois de tanto falarem, um abraço forte e uma mexida no cabelo servia como uma tentativa de acalmar uma a outra. Uma delas sussurrava: - Eu sempre vou estar aqui, tá? Pode confiar em mim, sempre. Saiba que eu nunca vou deixar que nada de ruim aconteça.
Elas se falavam olho no olho, e era perceptível a sinceridade nos olhos das duas. Promessas foram feitas, e uma delas prometeu que cuidaria da pessoa a quem elas duas se referiam, essa promessa era selada com choro, com a entrega de uma carta e de um anel, o que significava uma forte confiança, e que era recíproca.
De repente uma delas chega perto e dá um forte abraço na outra, a abraçada chora, chora porque não quer que uma pessoa tão querida se prejudique. É aí que a mesma que sussurrou na vez passada fala de novo: - Eu não quero que vocês se prejudiquem. Eu quero muito que vocês sejam felizes. Eu sei da minha responsabilidade, e eu vou fazer o que eu puder e não puder por vocês. Eu amo vocês, viu?
Enquanto ela falava isso, a outra demonstrava o carinho e confiança com beijos no rosto e apertos. Depois do abraço, as duas pessoas voltam às suas posições inicias e ficam olhando pro chão, o "nervosismo" tomava conta da que abraçou, e ela sacava mais um cigarro da bolsa, fumava tentando fazer com que aquilo a tranqüilizasse. Uma explica a outra como será difícil a situação que estar pra acontecer, e elas torcem pra que tenham força suficiente pra encarar aquilo.
O telefone toca e é hora de uma delas ir embora. A outra vai deixá-la e espera a pessoa que vai buscá-la, não demora muito e ela chega. Um "obrigado" e um abraço simboliza o término de tudo aquilo que aconteceu. Cada pessoa vai pra suas casas, mas eu tenho certeza que as duas pensaram no acontecido enquanto faziam o caminho de volta.

Que tudo fique bem, elas têm que ser fortes!